É Brega. Muito Cafona.

 

– O amor é brega, é trash, retrô, é velho, antigo, é ultrapassado, capenga, é enfraquecedor,  humilhante, é desgastante,  irritante, é desconcertante.

Desestabilizador. Alisa, deixa estar e alí está a dor.

O amor é muito ridículo. Muito. Muito cafona. Muito. Tem cara de creolina e som de sanfona. Sanfona não. Radiola. É daquela mola. Mola de plástico multicor que estica, enrola.

De fita cassete. De lado A e lado B de LP. De colônia, lavanda de sulanca pra bebê. De pluma mofada a traças. Aquela mala sem alça lotada de salto alto, gravata.

Coisa barata.

De enceradeira de chão de madeira, sabe? Que fica aquela coisa lubrificada, encebada, gordurosa feito banha no cabelo. Nojento. Pronto. É assim. Grudento.

Ah, coisa mais vintage. Cursy, antiquado, retrógrado, amargurado. Aquela mistura bufenta de oncinha, verde limão e dourado. Saiu de um brechó? Tenha dó. Tenha dó.

– Hum. Vai levar?

Disse entediada a mulher do caixa. Eu sempre quis ser caixa de Bom Preço. Mas essa era de uma book store de esquina, que também vendia umas histórias de amor por um e cinquenta. As unhas douradas, verdes e de oncinha trash. Eu reparei.

– Vou. Três por favor.

Clarice Freire.

Gente, essa ilustra linda aí de cima é mais uma obra de arte da minha duplamiga Priscila lins, do http://meurisoto.blogspot.com/ . Depois que eu mostrei esse post de hoje, ela fez “não posta agora não, deixa eu desenhar aqui uma coisa rapidinho.” Tá, né. Uma inspiração puxa a outra. Esse foi o resultado do “desenho rapidinho”dela. haha

Brigada, Pri. Adorei!

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *